Sunday, May 17, 2009

PETRIE MUSEUM - a vida quotidiana no Egipto antigo

Sir. William Mathew Flienders PETRIE, nasceu a 3 de Junho de 1853, em Charlton, perto de Greenwich e foi um arqueólogo e egiptologista britânico.Inventou um método para reconstruir a sequência de acontecimentos históricos nas culturas antigas. Chegou a inspeccionar Stonehenge, após o que viajou para o Egipto (1880), para inspeccionar a pirâmide de Gizé.

Em 1913 vendeu a sua colecção à University College, Londres. Foi autor de mais de 100 livros. Morreu em Jerusalém (1942) e esta sepultado no cemitério de Monte Zion.

Visitámos o Petrie Museum nas férias da Páscoa de 2007, e pudemos fotografar todas as peças expostas.


Este Museu foi inaugurado em 1892 e baptizado com o nome de Flinders Petrie, considerado um dos maiores descobridores de tesouros egípcios da antiguidade. O Petrie apresenta as peças da vida quotidiana no Egipto antigo. Todas as peças estão identificadas e catalogadas. O espaço é pequeno para esta maravilhosa colecção (a maior do mundo privada).

Ficámos encantados ao ver os chinelos em palhinha, já tinhamos visto as sandálias em ouro no museu do Cairo, foi uma grande civilização sem dúvida.



As meias com os dedos também já se tricotavam na altura, imaginem... Reparem bem na foto.



Os desenhos em pedra eram igualmente perfeitos.


Vale a pena ir a Londres ver este museu (entrada grátis).
No ano de 2003 foi constuído um site, e divulgado em 2004, que apresenta reconstruções virtuais e mapas, cobrindo monumentos e zonas conhecidas, e outras não divulgadas:
http://www.digitalegypt.ucl.ac.uk/

Os egípcios têm uma arte própria para trabalhar as peças de alabastro. Quando o fazem utilizando pequenas ferramentas e moldam a pedra manualmente, o resultado final é uma peça transparente, que mais parece de cera. Ainda hoje o fazem. Na figura abaixo peças trabalhadas manualmente.

Monday, March 23, 2009

Estatueta - British Museum




Ao lado do estandarte de UR encontra-se esta estatueta de ouro, prata e lápis-lazúli, proveniente de sepulcros reais de UR. O animal apoia-se numa árvore sagrada ou tronco florido. Tem relação com a constante preocupação da fecundidade. O povo acreditava nas divindades obsessivamente, para dar protecção aos diversos aspectos da sua vida. Trata-se do " carneiro na árvore da vida". O conjunto é composto de ouro (a cabeça, as patas e a árvore), de prata (o ventre), de lápis-lazúli (os cornos, os olhos, barba e pele dos ombros), tudo sobre um interior em madeira. Os tufos do pelo são feitos com conchas. Altura do animal 50 cms. Data de 2 700 a.C.


A VIDA de UR


Aqui neste museu também se encontra o monumento em forma de estandarte, que relata a vida dos reis da primeira dinastia de UR. É um trabalho com a forma de uma estante de coro, ornamentada nas suas quatro faces com embutidos de marfim, sobre fundo azul escuro de placas de lápis-lazúli. O que vou aqui colocar mostra a face onde estão descritos alguns episódios da vida do rei em época de paz. Neste painel da paz, os criados transportam para o palácio tudo o que é necessário para a festa; Avista-se no plano superior, o rei com uma taça na mão, bebe com os convidados, enquanto uma cantora e um tocador de harpa os distraem com os seus números musicais.

Sunday, March 22, 2009

A HARPA - British Museum (Londres)



É de rara beleza. Estivemos tão perto dela que pudemos fotografar todos os seus pormenores. De ouro, lápis lazuli, e madeira. Fazia parte da caixa de ressonância da harpa da rainha Shubad de UR. Data da primeira metade do 3º milénio a.c. Numa vitrine encontra-se devidamente protegida junto de outra idêntica.

Monday, December 08, 2008

Os Notáveis Assírios - British Museum


Ao ler Ferreira de Castro não deixo de me encantar e ir sonhando com as suas viagens efectuadas no início do século XX. Ferreira de Castro fez relatos tão pormenorizados que depois de ter visitado os países que ele visitou, verifiquei que em alguns deles, se mantêm as mesmas características desse tempo passado, agora, em pleno século XXI. Alguns dos vestígios históricos que nos são relatados nas "suas viagens" encontram-se representados nos grandes museus da Europa. Exemplo disso são os lindos touros alados com cabeça humana e 5 patas (para darem a sensação de movimento era esculpida a 5ªpata). É notável a arte de esculpir a pedra por estes "arquitectos da Antiguidade", sempre que vamos a Londres não deixo de visitar este grande museu (entrada grátis).


Pormenor de escrita




Baixo-relevo assírio provavelmente do séc. VIII a. C. representa um génio alado, ou um sacerdote com máscara e asas de águia.

Leoa com 5 patas




Wednesday, July 09, 2008

MALTA - 2003


A República de Malta é um país da Europa, formado por um arquipélago de 5 ilhas: Malta, Gozo, Comino, Filfla, e Cominotto (estas duas últimas estão desabitadas). Malta faz parte da União Europeia desde 2004.

Malta é habitada desde 5200 a. C., e os primeiros achados arqueológicos datam de 3800 a.C. Nesta ilha existiu uma civilização pré-histórica notável, os vestígios que deixaram são únicos, e muito belos.
A nossa visita começou pelo local onde se pensa que viveram os primeiros habitantes, a caverna de Ghar Dalam. Anexo a esta gruta encontra-se um interessante museu que também visitámos. Da caverna seguimos depois para um outro local onde existem os chamados "TARXIEN PREHISTORIC TEMPLES", os quais se encontram entre construções actuais. Parte destas descobertas são muitos recentes, por exemplo esta estátua de parte de corpo de mulher, foi encontrada entre 1980/92.
Todos nós ficámos surpreendidos com estas esculturas feitas pelo homem pré-histórico. De seguida colocarei altares de sacrifícios, esculpidos em pedra e igualmente notáveis.



Neste templo encontram-se também muitas pedras de diversos tamanhos e em formato redondo, segundo informação que nos foi dada, elas serviram para arrastar os grandes blocos de pedra.O desenho esculpido na pedra era de facto muito pormenorizado, custa a crer que tenha sido feito por homens pré-históricos, que não possuiam os meios que hoje temos ao nosso alcançe. Reparem o pormenor das cabras e dos porquinhos esculpidos na pedra do meio.





Visitámos também um complexo pré-histórico na ilha de Gozo. Para termos acesso a esta ilha basta apanhar um barco que efectua a travessia regularmente. Visitámos o Templo de Ggantija, aqui estas construções tinham 3 andares.



Malta tem muitos atractivos, ligado ainda à arqueologia, o Museu Nacional de Arqueologia merece ser visitado, com peças muito bonitas, e com uma iluminação muito cuidada, transmite uma certa tranquilidade, apetece permanecer ali. Seguem-se algumas fotos que testemunham o que acabei de escrever.





Aqui no museu e com esta luz, os desenhos nas pedras ainda parecem mais perfeitos. A peça mais rara do museu é também uma das mais pequenas, tem apenas 13 cm, o seu nome Vénus de Malta; foi encontrada no Templo de Hagar Quim e data de 3000 - 2500 a.C.



Eis a Vénus de Malta

Sunday, April 13, 2008

STONEHENGE - 2008

Seria assim há 4000 anos???



Fomos a Stonehenge em 27 de Março de 2008, nas férias da Páscoa, de Londres lá são 130 kms, mas pareceu-nos ainda mais longe, este monumento megalítico único no mundo encontra-se numa zona de elevações suaves, onde não existe qualquer construção, num campo aberto, encontravam-se rebanhos ao seu redor. O monumento está vedado com uma rede alta dificultando a tarefa a quem pretenda registá-lo na sua máquina fotográfica. Para o sentirmos mais de perto é necessário pagar um bilhete de 13£, o que fizemos sem demora, pois queríamos vê-lo bem de perto. No entanto após o percurso de alguns metros, verificámos que não seria possível tocar nestas pedras com mais de 4000 anos... À sua volta existe ainda uma vedação com cordas que não permitem uma melhor aproximação. Nesse dia encontravam-se vários arqueólogos no monumento, viemos a saber que estão a tentar novos estudos, procedendo a novas escavações. Para saberem mais pormenores visitem:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stonehenge
Stonehenge é uma estrutura composta, formada por círculos concêntricos de pedras que chegam a ter cinco metros de altura e a pesar quase cinqüenta toneladas, onde se identificam três distintos períodos construtivos:
O chamado Período I (c. 3100 a.C.), quando o monumento não passava de uma simples vala circular com 97,54 metros de diâmetro, dispondo de uma única entrada. Internamente erguia-se um banco de pedras e um santuário de madeira. Cinquenta e seis furos externos ao seu perímetro continham restos humanos cremados. O círculo estava alinhado com o pôr do Sol do último dia do Inverno, e com as fases da Lua.
Durante o chamado Período II (c. 2150 a.C.) deu-se a realocação do santuário de madeira, a construção de dois círculos de pedras azuis (coloridas com um matiz azulado), o alargamento da entrada, a construção de uma avenida de entrada marcada por valas paralelas alinhadas com o Sol nascente do primeiro dia do Verão, e a ereção do círculo externo, com 35 pedras que pesavam toneladas. As altas pedras azuis, que pesam quatro toneladas, foram transportadas das montanhas de Gales a cerca de 24 quilômetros ao Norte.
No chamado Período III (c. 2075 a.C.), as pedras azuis foram derrubadas e pedras de grandes dimensões (megálitos) - ainda no local - foram erguidas. Estas pedras, medindo em média 5,49 metros de altura e pesando cerca de 25 toneladas cada, foram transportadas do Norte por 19 quilômetros. Entre 1500 a.C. e 1100 a.C., aproximadamente sessenta das pedras azuis foram restauradas e erguidas em um círculo interno, com outras dezenove, colocadas em forma ferradura, também dentro do círculo.
Estima-se que essas três fases da construção requereram mais de trinta milhões de horas de trabalho.
Recolhendo os dados a respeito do movimento de corpos celestiais, as observações de Stonehenge foram usadas para indicar os dias apropriados no ciclo ritual anual. Nesta consideração, é importante mencionar que a estrutura não foi usada somente para determinar o ciclo agrícola, uma vez que nesta região o Solstício de Verão ocorre bem após o começo da estação de crescimento; e o Solstício de inverno bem depois que a colheita é terminada. Desta forma, as teorias atuais a respeito da finalidade de Stonehenge sugerem seu uso simultâneo para observações astronômicas e a funções religiosas, sendo improvável que estivesse sendo utilizado após 1100 a.C..
A respeito de sua forma e função arquitetônicas, os estudiosos sugeriram que Stonehenge - especialmente seus círculos mais antigos - pretendia ser a réplica de um santuário de pedra, sendo que os de madeira eram mais comuns em épocas Neolíticas.
No dia 21 de Junho, o Sol nasce em perfeita exatidão sob a pedra principal.
Segundo dados mais recentes, obtidos por arqueólogos chefiados por Mike Parker Pearson, Stonehenge está relacionada com a existência do povoado Durrington. Este povoado formado por algumas dezenas de casas construídas entre 2600 a.C. e 2500 a.C., situado em Durrington Walls, perto de Salisbury, é considerada a maior aldeia neolítica do Reino Unido. Segundo os arqueólogos foi aí encontrada uma espécie de réplica de Stonehenge, em madeira.

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Stonehenge é um monumento megalítico da Idade do Bronze, é formado por círculos de pedras concêntricos que chegam a ter 5 metros de altura e pesam mais de 50 toneladas. Pensa-se que foi construído para permitir a observação de fenómenos astronómicos - Solstícios de Verão, do Inverno, eclipses, entre outros.








Penso que estas pedras mais pequenas são as chamadas pedras azuis, encontram-se dentro dos pilares maiores, e neste momento o local mais importante das escavações. Foram encontrados ossos, o que leva a crer tratar-se de um local de curas milagrosas, ou um cemitério antigo... Este circulo foi construído 2500 A.C.




Originalmente o monumento era um circulo externo que media 86 metros de diâmetro. O circulo interno com pedras de 5 metros de altura, tinha 30 metros de diâmetro. Possuía 30 blocos verticais sobre estes foram colocados 30 blocos horizontais, formando um anel em pedra. Mais altos ainda são os 5 portais que formam a ferradura externa, com 9 metros de altura e perto de 15 toneladas.


Existia uma avenida de acesso principal onde se encontravam portais de pedra. Havia cavidades no solo que circundavam o monumento, essas cavidades estavam destinadas a outro circulo de pedras, que nunca foi construído. As pedras foram minuciosamente cortadas para que uma encaixasse na outra formando os chamados trilitos. Algumas têm desenhos ou inscrições rupestres feitas por civilizações antigas.
2000 anos antes do Teorema de Pitágoras, constatou-se que os construtores de Stonehenge tinham conhecimentos matemáticos como o conceito e o valor de (Pi) nos seus círculos de pedra. No dia 21 de Junho, o Sol nasce em perfeita exactidão sob a pedra principal...





Curiosa esta pedra parece ter crista nariz e boca...

Friday, April 11, 2008

Seguiu-se a SARDENHA





Pormenor de sala



Barumini visto de longe


Outra ilha muito interessante, com um relevo muito particular, menos montanhas do que que na Córsega, menos austera quanto a forma como se apresenta o seu casario, mais rica... Sim foi essa a impressão com que ficámos, que a Sardenha é mais rica do que a Córsega. Também aqui visitámos um complexo muito grande chamado "Barrumini", e por toda a ilha vimos as chamadas "Torres Nurages".

Exemplo de uma das torres que se encontram por toda a ilha.

No final do 2º milénio A.C. , na Idade do Bronze, um tipo especial de estrutura defensiva, conhecido por "Torres Nurages" desenvolveu-se na Sardenha. O Complexo consiste em torres de defesa circulares na forma de cones truncados, construídos em pedra. O complexo de Barumini, foi construído e fortificado na metade do 1º milénio sob pressão cartaginesa, e é o melhor e mais completo exemplo desta forma notável de arquitectura pré-histórica.



São construções extremamente altas, de pedra sobre pedra...