Friday, May 11, 2012

O vaso egípcio, a peça mais rara do museu, que data de XVII a. C.  terá sido transportada pelos fenícios, após 1000 anos da sua construção. Pensa-se que serviu para guardar as cinzas de Apófis II.



                            Os dizeres do vaso, também vou colocá-los, apesar de estarem em espanhol.

Encontrei, com a ajuda da colega de profissão e amiga, Maria Aurora Camacho,  uma ponte romana em bom estado de conservação,  para ser mais correcta, foi a Aurora que avistou a ponte romana primeiro. Ela está enquadrada numa horta, e passa despercebida. Andámos tanto a pé para a encontrar, e sem qualquer indicação através de placas, apenas se encontrava assinalada num pequeno mapa. Curiosamente, atrás dela a nova ponte. Ficámos bem felizes por ter encontrado "o tesouro".

Ora vejam como é bem robusta.
E mesmo no centro da cidade, as construções recentes, rodeiam os vestígios romanos
Aqui são vestígios de um aqueduto, termas e cisterna, muito bem preservados

Visitámos o museu da cidade, o qual achámos muito interessante. Farei um post só do museu logo que tenha oportunidade.


Este museu foi construído sobre ruínas romanas, sobre um templo. Aqui estão expostos alguns objectos encontrados na fábrica de salga "EL MAJUELO", outros encontrados nos túmulos que refiro no início deste post "os túmulos fenícios", e também objectos egípcios, sendo a peça mais importante do museu, de origem egípcia. Trata-se de um vaso onde se podem encontrar inscrições hieroglíficas, as quais se encontram traduzidas para espanhol.

Alguns vasos da cultura fenícia, que creio serem de alabastro. Estas peças são escavadas manualmente, no seu interior, para ficarem com uma textura extremamente fina, quase transparente. Trata-se duma técnica que ainda hoje é praticada no Egipto, dando como resultado final, peças de rara beleza, transparentes.

Alguns objectos de osso.


Estes artefactos foram encontrados nos túmulos que coloquei no início deste post

Apesar de existirem peças em muito bom estado, existe uma que atrai todas as atenções, é um vaso egípcio, que curiosamente foi encontrado numa casa em Almuñecar, e que servia como reservatório de água. Sabemos que se trata de uma obra egípcia porque tem inscrito os caracteres de escrita hieroglífica. Ora vejam a beleza deste vaso.












Friday, May 04, 2012

ALMUÑECAR - SEXI


Almuñecar inicia a sua história em 1500 a. C. com a presença de populações da Idade do Bronze. Com o passar do tempo, estas pessoas são colonizadas pelos fenícios, que atribuíram à cidade o nome “SEXI”, o que quer dizer o mesmo que Almuñecar.
Estes colonizadores, criaram estruturas urbanas, e por toda a cidade actual são visíveis os vestígios da sua presença. Encontrei uma necrópole que data de finais do séc. VII a. C., onde mais de 200 túmulos faziam parte da mesma. Apesar de ter sido um pouco desilusão encontrar estes túmulos, pelo estado de degradação em que se encontram. Mas valeu o esforço, só porque nunca tinha visto nenhuns. Acabei por ser só eu a vê-los, porque depois do esforço que fizemos para encontrar a ponte romana, a Aurora já não quis vir, apesar de estar tão curiosa em encontrar os túmulos, como eu. E o Tony  que de início não estava nada interessado, a certa altura começou a ficar entusiasmado com a ideia. Mas estava tanto calor, e nós andámos, andámos, e quando estávamos para desistir, e pergunto uma última vez, a localização, estas ruínas estavam muito perto do hotel onde nos alojámos nesses dias.  Pelo que pude ver, são semelhantes a poços, fundos, construídos em pedra.

Aqui finalmente, encontrei a placa com a indicação dos mesmos, encontram-se entre as construções recentes, embora protegidos, com muros.
Pena as ervas terem invadido os túmulos.
Não me conformei com a visão destes túmulos, tão abandonados. E já foi em 2013, que consegui vê-los sem ervas daninhas à volta, numas imagens que encontrei na Internet. São bem bonitos. Quando foram descobertos, encontraram também, peças de ouro, prata, cobre, cerâmica, e artefactos. Algumas peças encontram-se no museu local, e o restante foi transferido para o museu em Málaga. Ficando aqui apenas "as pedras". A camara municipal local, perante esta decisão, deixou os túmulos ao abandono.
 

Quando chegam os romanos no séc. III d. C. encontram uma cidade bem estruturada, com a economia baseada em salga de peixe, com moeda própria. Ainda hoje se encontram mesmo no centro da cidade, vestígios de salgadeiras de peixe que foram construídas pelos romanos. Nessa época a actividade económica baseava-se na pesca e salga de uma variedade de atum vermelho, que era pescado no mediterrâneo.
As belas salgadeiras, envolvidas pelo lindo jardim